O vinho verde não é um tipo de vinho, mas uma região vitivinícola

Desconstruir preconceitos

A região do Vinho Verde é uma região conhecida mas ainda pouco reconhecida.

Mesmo nos dias de hoje, pouca gente sabe que o Vinho Verde é a maior região vitivinícola do país, até mesmo à frente do Douro. Uma região com uma grande diversidade de castas autóctones, que são trabalhadas muitas vezes em monocasta, o que é raro no mercado português.

Além disso, diversos preconceitos e julgamentos estão associados a esta região, que tenta aproveitá-los para seu próprio beneficio.

❌ “Vinho Verde é um tipo de vinho”
❌ “O Vinho Verde é um vinho jovem”
❌ “O Vinho Verde tem gás”
❌ “O Vinho Verde não tem corpo”
❌ “O Vinho Verde não é um vinho gastronómico”…

✅ A verdade é que o Vinho Verde não é um tipo de vinho, mas uma região vitivinícola.

Então, porquê "Vinho Verde"?

A primeira explicação reside no facto que as uvas da região têm uma acidez e aromas cítricos muito pronunciados. E a segunda causa deve-se inicialmente aos vinhos dessa região terem sido feitos e consumidos localmente, pelos agricultores. E como não tinham muito conhecimento em viticultura, a colheita acontecia demasiada cedo e muitas vezes, o processo de fermentação não era bem feito, resultando numa segunda fermentação na garrafa, o que levava à existência de gás no vinho. É assim que erradamente associamos o Vinho Verde a um vinho jovem, fraco e gaseificado, sem qualquer complexidade.

E claro que muitas produções continuam a manter essa dúvida, que os beneficiam, mas que não favorecem a região. Pois a região do Vinho Verde é uma grande região vitivinícola, com um potencial ainda não reconhecido. Hoje, há vinhos brancos da região do Vinho Verde com alta qualidade e complexidade, que podem até guardar-se por vários anos, como é o caso dos Alvarinhos. O Odassia faz evidentemente parte deste grupo.